PROJETO DE LEITURA E ESCRITA
1.
CURSISTA: SUERLY SOARES DE LIRA DA COSTA
2. IDENTIFICAÇÃO:
Escola: Unidade XVIII – Leonardo Banhos Marinho
Série: 3º, 4º e 5º ano
Número de alunos: 23
Número de professores: 4 Áreas de conhecimentos: Outros participantes
envolvidos: Professores da Escola Cipriano Gomes
3. Título do projeto:
Despertando o prazer pela leitura e escrita
através dos contos de fada
4. Definição do tema:
O
trabalho com leitura, seja em classe, seja extraclasse, deve ser uma prática
constante. Se, por um lado, tem objetivo de formar leitores competentes, por outro,
auxilia a produção de textos. “Formar um leitor competente supõe formar alguém
que compreenda o que lê; que possa aprender a ler também o que não está
escrito, identificando elementos implícitos; que estabeleça relações entre o
texto que lê e outros textos já lidos; que saiba que vários sentidos podem ser
atribuídos a um texto; ele consiga justificar e validar a sua leitura a partir
da localização de elementos discursivos que permitam fazê-lo.” (Parâmetros
Curriculares Nacionais – Língua Portuguesa, p. 36.)
Como
em todas as situações numa sala de alfabetização, é preciso planejar muito bem
e pensar nos desafios a serem propostos e só assim a turma reflete sobre o
sistema alfabético de escrita e avança em suas hipóteses de leitura. Diante
disso, temos observado que muitos dos alunos não têm o gosto pela leitura, isso
reflete na escrita. Ao recebermos alunos novos, constatamos que as dificuldades
são maiores, portanto sentimos a necessidade de fazer uma intervenção nesse
aspecto desenvolvendo um projeto de leitura e escrita na sala de aula. O tema
do projeto: Despertando o prazer pela leitura e escrita através dos contos de
fadas.
5. Justificativa
O trabalhar a leitura e a escrita na Escola surgem
da necessidade de oferecer as nossas crianças uma atividade que vá além do
currículo e do âmbito da Escola.
O pensamento na educação deve ser muito mais
que ler e escrever e da formação profissional, a Escola precisa comprometer-se
com a cidadania formando seres humanos pensantes, que busca a formação plena dando
oportunidades na vida dos tempos modernos.
Por meio da leitura e escrita, há
possibilidade de desenvolver a oralidade e a criatividade no processo de ensino
e aprendizagem. O professor contribui para o crescimento e a
identificação da criança. Dessa forma, na sua pratica pedagógica, deve
introduzir uma literatura que desperte a criatividade, autonomia. Percebemos
que devemos adquirir conhecimentos para desenvolvermos uma proposta relacionada
à literatura infantil.
Tornar-se alfabetizado significa adquirir uma
tecnologia, a de codificar em língua escrita (escrever) e de decodificar a
língua escrita (ler); não basta, porém adquirir essa tecnologia é preciso
apropriar-se da escrita, isto é, fazer uso das práticas sociais de leitura e
escrita, articulando-as ou dissociando-as as práticas de interação oral,
conforme as situações. Em outras palavras: não basta a alfabetização, é preciso
atingir o letramento, que conforme Soares (1998) pode ser assim definido:
Letramento é o
estado ou condição de quem não só sabe ler e escrever, mas exerce as práticas
sociais de leitura e de escrita que circulam na sociedade em que vive,
conjugando-as com as práticas sociais de interação oral.
O Conceito de letramento acima
proposto permite identificar a concepção de língua que orienta as atividades
desse projeto, não consideramos a língua como transmissão de mensagens e sim
como processo de interação entre sujeitos, processo esse que os interlocutores
vão construindo sentidos e significados ao longo de suas trocas linguísticas,
orais ou escritas segundo as relações que cada mantém.
Maciel
(orgs.) 2009, afirma que uma
prática educativa comprometida com o desenvolvimento da linguagem escrita não
se restringe à elaboração de atividades dirigidas aos alunos. Mas, requer do
professor, a superação da fragmentação dessas atividades de ensino em sala de
aula. Para se assegurar aos aprendizes o pleno desenvolvimento de suas
potencialidades, é fundamental, que a ação educativa se baseie em uma
orientação teórico-metodológica, que se definam os objetivos de ensino, a
organização do trabalho pedagógico, o tipo de abordagem que se quer dar ao
conhecimento e, por fim, que se considere a realidade sociocultural dos alunos
e o contexto da escola. Para isso, o ensino deve-se tornar um referencial sendo
construído encima do conhecimento que se tem das crianças e da interação com a
escola.
No início da década de 80 depois das
pesquisas de Emília Ferreiro foram divulgados os estudos sobre a alfabetização.
De acordo com a educadora, a criança vivencia um processo de construção de
concepções de escrita e de leitura, a partir de contato com o mundo da escrita.
As pesquisas de Emília Ferreiro e
colaboradores renovam também à maneira de se pensar a alfabetização, pois
deslocaram a investigação do âmbito do “como se ensina” – onde sempre esteve –
para o “como se aprende”.
Dessa
maneira, podemos afirmar que todo trabalho com o desenvolvimento da linguagem
escrita deve considerar que o contato da criança com a escrita acontece muito
antes de ela entrar para a escola. A criança traz consigo experiências de
ambientes letrados diversos, que lhe permite construir hipóteses sobre leitura
e escrita. Essa experiência decorre do contato com programas d televisão, com
outdoors, cartazes, letreiros, anúncios dispostos nas ruas das cidades e muitos
outros.
As ideias da
criança sobre o que ler e escrever devem ser o ponto de partida para as
propostas de aprendizagem no período de alfabetização.
5. Objetivos
Objetivo Geral
·
Incentivar
a linguagem oral e escrita despertando o gosto pela leitura, interpretando,
produzindo textos através do hábito diário das leituras trabalhadas,
desenvolvendo a sensibilidade e a criatividade, visando o aprendizado por meio
da música, brincadeiras, poemas, parlendas, trava-línguas, etc..
Objetivos Específicos
·
Estimular
a expressão oral dos alunos;
·
Aperfeiçoar
a leitura;
·
Produzir
textos através das histórias lidas e contadas;
·
Ler para
a classe com fluência;
·
Ler em
voz alta versos de poemas conhecidos ou pequenos textos observando a pontuação.
6. Conteúdos
Língua Portuguesa:
Leitura;
Interpretação
Texto de opinião;
Texto narrativo;
Dígrafos;
Ortografia letra H no inicio; ss
Pontuação: reticências;
Completar palavras com silabas no final: são, nhão, lhâo, nhã, etc..;
Empregar travessão no inicio do diálogo.
Gênero textual: Contos
de fadas
7. Disciplinas envolvidas
Língua Portuguesa, matemática,
história, geografia, ciências, artes, Ensino religioso.
8. Metodologia
A interdisciplinaridade pode ser contemplada
nos projetos pedagógicos, pois eles possibilitam o diálogo entre as diversas
áreas do conhecimento e, além disso, permitem vincular o aprendizado escolar
aos interesses das crianças, à realidade fora da escola, à sociedade em que
vivemos e a cultura.
O trabalho com projetos
ultrapassa os limites do currículo, pois os temas escolhidos podem ser
explorados de maneira mais ampla e interdisciplinar. Implicam desde a busca de
informações extraclasse, pesquisas, entrevistas, atividades de planejamento e
organização, socialização de informações, registros de dados individuais ou
coletivos.
Dessa
forma, serão trabalhados da seguinte maneira:
Apresentação e abertura do projeto com os alunos
participantes;
Exibição de DVD e vídeos de histórias e contos de
diversos gêneros;
• Leituras orais de histórias pelos professores;
• Pesquisa e leitura de histórias na internet;
• Leitura de textos selecionados pelos professores;
• Ilustrações (com desenhos) de histórias lidas;
• Interpretações orais e escritas de histórias
lidas pelos professores;
• Interpretações orais e escritas de histórias
lidas pelos alunos;
• Estudos de vocabulários presentes nas histórias
lidas pelos alunos;
• Criar o cantinho de leitura;
• Dinamizar rodas de leituras.
9. Recursos a serem
utilizados
Televisão,
DVD, Som, máquina digital, notebook, cartolinas, E.v.A, coleção, cola, tesura,
livros, jogos.
10. Registro do processo
ATIVIDADES/ PERÍODOS DE 03/09 A 28/09
|
|||||
SEMANA
|
14/08 a 31/08
|
1ª semana
|
2ª semana
|
3ª semana
|
4ª semana
|
Montagem do projeto
|
x
|
|
|
|
|
Ampliar o repertório de histórias
conhecidas ( Conto de Fadas)
|
|
x
|
|
|
|
Construir o hábito de ouvir
histórias e sentir prazer nas situações
|
|
x
|
x
|
|
|
Favorecer a manifestação dos
alunos, incentivando-os a opinarem sobre as historias ouvidas, manifestando
suas ideias e sentimentos.
|
|
|
x
|
x
|
|
Culminância do projeto
|
|
|
|
|
x
|
11. Avaliação
Entendemos que a avaliação não deve ter como
objetivo central promover ou reter o aluno, mas deve ser um instrumento que
integre o processo de ensino/aprendizagem e, a cada realização, redirecione os
objetivos e as estratégias desse processo.
Concordamos com o ponto
de vista de Cipriano Lukesi (1990 p.44), para quem a avaliação “é uma atividade
que não existe nem subsiste por si mesma, ela só faz sentido na medida em que
serve para o diagnóstico da execução e dos resultados que estão sendo buscados
e obtidos, sendo um instrumento auxiliar da melhoria dos resultados.”
Por essa razão todas as
atividades serão permanentemente avaliadas, verificando se as atividades
propostas e realizadas atingiram ou não o objetivo da aprendizagem, ou seja,
verificar se o aluno aprendeu se não, por que isso ocorreu e que medidas devem
ser tomadas para mudar a situação.
A avaliação será feita
com diferentes finalidades conforme propõem Telma Leal, Eliana B. e Arthur
Moraes (2006), como: conhecer e potencializar o desenvolvimento do aluno;
identificar os avanços e encorajá-los a continuar construindo conhecimentos nas
diferentes áreas do conhecimento e desenvolvendo capacidades; conhecer as
dificuldades e planejar atividades que os ajudem a superá-las; verificar se
eles aprenderam o que foi ensinado e decidir se é preciso retomar os conteúdos.
12. Socialização do
Projeto realizado
A culminância será uma apresentação com os alunos em um intercâmbio entre
as escolas do Sitio Maxinaré e o Povoado Totoró.
13. Referencias
BRASIL,
Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental, Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil. v. 3. Brasília/DF: MEC/SEF, 1998.
LUCKESI,
Cipriano. Prática docente e avaliação.
Rio de Janeiro: ABT, 1990. Col. Estudos e pesquisas, p.44.
MACIEL,
Francisca Izabel Pereira; BAPTISTA, Mônica Correia; MONTEIRO, Sara Mourão
Monteiro (orgs). A criança de 6 anos, a
linguagem escrita e o ensino fundamental de nove anos: orientações para o
trabalho com a linguagem escrita em turmas de crianças de seis anos de idade.
Belo Horizonte; UFMG/FaE/CEALE,2009. 122p.
SOARES,
Magda. Letramento: um tema em três
gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.
TELMA,
F. Leal, Eliana B. C. de Albuquerque e Arthur G. de Moraes. Avaliação e aprendizagem na escola: a
prática pedagógica como eixo da reflexão. In: Ensino Fundamental de nove anos.
Brasília: MEC/FNDE, 2006. P.99-100.
TROUNI,
Leda Verdiani. Letramento e
alfabetização. São Paulo: Cortez, 1995. Capítulos 1 e2.